21 abril, 2005

EQUÍVOCO

Você é um holograma na minha vida.
Você é uma presença irreal que surge
ao meu lado sempre que tem vontade;
mas jamais pude toca-la
com toda a intensidade que sempre desejei,
nem tampouco pude beija-la
com toda a força arrebatadora da paixão,
que há muito havia me dominado e hipnotizado.

Sempre que tentei,
você se diluía
em sorrisos constrangidos,
falsamente surpresos,
como se não soubesseo que acontecia comigo.

Agora você está onipresente.
Uma presença constante e invisível,
que toca minha alma
de uma forma suave, diáfana,
como se tentasse alcança-la
em todos os momentos de minha vida,
para não deixa-la fenecer lentamente
de paixão não correspondida,
tentando impedir
que os sentimentos que a habitam
não morram com ela.

No fundo, o que eu sinto
te mantém viva,
pois você é um holograma.
E um holograma não passa de uma ilusão.

Se eu te esquecer, acaba a ilusão,
E você desaparece...

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